Ah. Iminente.
Está aí à porta lotada, a fazer crescer a ansiedade.
Um festival à beirinha de Lisboa e também à beira de uma Europa pronta para uma imersão de cor, arte, música, com uma génese profundamente tuga, profundamente boa e, diga-se, aosegundo ano, imensamente relevante.
Vamos só deixar aqui respirar os advérbios de modo, por um segundo, porque somos terrivelmente fãs do festival.
O Iminente está cá para o segundo round, sendo que o seguimos há 2 meses até terras de sua majestade, para a sua versão Brit que foi, diga-se, um sucesso.
A feliz reunião feliz das intervenções artísticas de Add Fuel, AKA Corleone, Andre da Loba, Ben Eine, Bordalo II, Conor Harrington, Draw & Contra, Halfstudio, Mar, Pixel Pancho, Sick Boy, The Caver, Wasted Rita e Vhils – curador e mente do festival – deixaram marca na The Old Truman Brewery Warehouse, bem no coração cosmopolita de Brick Lane. Deixaram marca clara, num país pós-Brexit a ter de levar para casa e digerir, por exemplo, mensagens como as de Mais Menos – acutilantes como uma faca, a desfiar tanto do público à conversa e à reflexão, mordaz como a obra.
E da marca ao eco, bem audível. Dos bem conhecidos DJ Glue a DJ Ride, à sonoridade do new-comer Francis Dale, passando pelo já bem internacionalizado Nigga FOX ou à incontornável “local” Rita Maia, o Iminente na sua versão londrina puxou às salas cheias e às mãos no ar, com um orgulho impregnado nas paredes e felicidade estampada nos rostos de cada um dos visitantes. Digo-o eu, particularmente, ao som dos gigantes Chullage e Allen Halloween ou sob a nouvelle-grime trazida às costas de um puto como Novelist.
O Iminente ali foi muito bom. Cá continuará a ser ainda melhor, a céu descoberto e line-up ainda mais complexo, ainda mais rico.
Arte, música e coisas frescas à vista, já a seguir.
Texto: Ana Castanho
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