fbpx

Quem planta discos no jardim, colhe gente feliz. @LISB-ON

Há um grupo de jardineiros que há quatro anos se dedica a preparar a cidade para nos receber em flor no fecho do verão. Eles plantam as sementes e convidam-nos, durante três dias, a bater o solo com os pés e deixar a vontade de dançar crescer em nós e à nossa volta.

O jardim sonoro do LISB-ON está de volta, mais viçoso do que nunca.

As novidades deste ano passam por um dia full-on de curadoria Red Bull Music Academy, porque quem procura e investe em promover a criatividade na música, acaba por se encontrar pelo caminho; e um segundo palco, com actuações em simultâneo, porque o ecletismo é preciso e o jardim quando nasce é para todos.

O cartaz traz-nos o mestre da cena techno Sven Väth, surpreende-nos com a lenda Tony Allen – ex-companheiro de palco de Fela Kuti, um live da dupla Kiasmos pela Red Bull Music Academy e neste mood eletrónica pop, vem o DJ Koze mostrar-nos o que é ser inteiramente feliz só por dançar (vimo-lo no ano passado acompanhar o sol nascer no palco Pitchfork do Barcelona Primavera Sound e desde então que temos andado à espera de o receber por aqui, de braços no ar. E nas plantas de origem nacional, temos espécies tão raras e preciosas como a Mary B, Ramboiage (com um live preparado em exclusivo para o LISB-ON), Trol2000, Novo Major, Mike Stellar ou Zé Salvador.

Partners, parceira criativa, desenvolveu um estudo botânico sobre a natureza de cada artista e deu-lhes forma, em ilustrações dedicadas a cada um dos cabeças de cartaz. Provando mais uma vez que o LISB-ON, seja na comunicação, no público ou no espaço, é um dos festivais com mais estética que acontece por cá. Espécies raras, hum?

Os bilhetes já estão à venda, e até aqui há novidades: 25€ bilhete diário (ao contrário dos 35€ do ano anterior), 55€ pelo passe de três dias e uma entrada de fim de semana por 45€, para quem não tem pedalada para mais. E filhotes até aos 14 anos, podem vir gratuitamente.

Provavelmente, este ano não vai ser nem melhor, nem pior do que nos anos anteriores. Mas, seguramente, será diferente. E quem lá vai desde o primeiro ano ou quem se for surpreender pela primeira vez, não sairá indiferente. Isso manter-se-à.

É como na lei máxima da natureza: nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.

Tomara já, Setembro.

Texto: Bestivals

Fotos: Silvia Lopes @sforshot

 

No Comments

Leave a Comment