Um ensaio sobre a cultura.
Um ensaio que é uma ode, de Portugal para o mundo, de uma forma muito distinta da glorificada presença papal e conquistas várias do mesmo fim-de-semana.
O que se passou sexta e sábado foi coisa muito séria, quando se cultiva por dois dias a música, a dança e a alma como a Lisboa Electronica fez.
A LX Factory revestiu-se de um painel e formato permitidos a poucos festivais na Europa – como o Sónar, o mais vizinho e mais próximo no calendário, numa versão Pro bastante atractiva – onde a lecture, a partilha de mestria (pelas mãos de Mike Huckaby, sim!) e o showcase entre os profissionais se cruzou com a paixão pela pista e pela música… por um público que saiu dali diferente.
Porque, sim, a pista faz-se de uma experiência maior que o pé batido, e a premissa deste festival, na sua primeira edição, sem dúvida foi cumprida ao oferecer um produto premium – ainda que à experiência.
Da representação do leque de labels mais proeminentes a nível nacional na actualidade – Principe Discos, Ostra Discos, Labareda ou Interzona 13 – ao encontro de nomes que são estampa do frescor português – como visto/ouvido no set de José Acid b2b Zé MgL, Sonja ou Mvria -, o alinhamento de nomes como Rodhad, Robin Ordell, Margaret Dygas, DVS1 ou Michael Melchner, permitiram tirar (transversalmente) a barriga de desafogo.
Agora é recuperar o fôlego… e esperar pelo próximo.
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