Há gente que é obra. Há gente que acompanha a obra. Há gente que deita as mãos à obra. E há gente que é tudo isso.
Fazer acontecer custa e só custa dizer o quanto custa, a quem não faz.
Ontem à noite, fomos acompanhar os últimos preparativos do festival do CCP que comeca mais logo no Convento da Trindade e nesta nota de arranque, comeca-se pelo fim: agradecer as coisas bonitas que esta gente incrível sabe pôr de pé.
Fica a carta do Pedro Pires, o diretor do Clube, antes, durante e depois do algoritmo.
“Com vocês, com ou sem algoritmo.
Depois do Algoritmo ficamos nós, a partilhar um quadro e um copo, A discutir aquela peça e as cores daquela ilustra. A subir escadas para ver imagens, a espreitar filmes, a escutar objetos que cantam, poemas que esvoaçam, a interagir com o ar e com aquilo que os nossos olhos nos fazem crer estar realmente lá. A filosofar porque estamos a viver e é disso que se trata.
Depois do Algoritmo, estão as ideias de milhares expostas aos olhos de todos, naquela que é mais difícil avaliação de todas.
Depois do algoritmo está o trabalho de centenas de pessoas. Artistas, construtores, eletricistas, criativos, produtores, escritores, pintores, cenógrafos, diretores de fotografia, arquitetos, desenhadores, realizadores, diretores de arte, sonoplastas, curadores, etc,
Está o esforço voluntário de muitos, a colaboração generosa de outros tantos, a entrega de algo que ninguém pediu mas que todos quiseram dar.
Pessoas motivadas, determinadas, felizes por participarem.
Para continuar a proporcionar à comunidade e à cidade um Festival que se vai fazendo cada vez com mais colaborações, mais apoios e mais alcance. E que chama atenção da comunidade para uma classe que tem hoje um papel social e um impacto que vai muito para além das fronteiras da publicidade, do design ou de qualquer outra disciplina.
Os criativos comerciais e autorais são hoje e serão no futuro, essenciais na colaboração para a construção de uma melhor economia, de melhores cidades e melhores condições de vida.
Criativos, todos. Porque é isso que é preciso para construir algo que continua a ser movido com o coração , ter a coragem e a liberdade para criar.
Amanhã começamos a celebração essa liberdade. Ir, não ir, ver não ver, estar não estar. Temos essa liberdade. Isso é o mais importante. Tenham a liberdade de vir. Amanhã, quarta feira. Quinta, Sexta, Sábado, Domingo.
Os que fizeram este XIX Festival do CCP vão lá estar à espera de todos, com um sorriso nos lábios e algumas ideias nas mãos para vos abraçar.”
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