A Sonja vai rodar a saia e os discos ao Lisboa Electronica amanhã. E nós vamos rodar com ela.
“Eu sou a Sónia. Mas todos lêem e vêem o meu nome com um J: – Sonja.
Mas lê-se igual. Diz-se igual. É Sónia na mesma. Tudo Sónia. Na minha juventude vivi em Berlim. Por lá toda a gente escrevia o meu nome com J. E fiz o mesmo. Agora sei que o J serve como recordação da juventude e de Berlim.
A maior parte do tempo sou DJ, o que também tem um J. E sou designer gráfica. O que é um cliché tremendo. E faço desenhos. Mas por agora desenho menos porque não ando apaixonada.
Este fim de semana começa o Lisboa Electronica que, além das labels internacionais convidadas, inclui showcases de algumas labels nacionais como a con+ainer, a Paraíso, a Extended Records, a Ostra Discos e a Interzona 13, para mencionar algumas.
E a minha label que também aqui está. A LABAREDA. É um nome bonito em português. Fora daqui não sei como soa. Imagino que talvez soe a algo como ABRACADABRA.
Fico muito grata pelo convite e pela oportunidade da LABAREDA estar presente em plataformas estruturadas e competentes onde posso dar o retorno e a visibilidade que os artistas que tenho editado merecem.
Estou muito orgulhosa do nosso showcase que inclui, além de um dj set meu, dois lives incríveis, o da Adriana Lourinho que é metade dos Roundhouse Kick (One Eyed Jacks) que a solo opera como EDND e que tem dos lives mais enfeitiçantes que tenho ouvido e dançado ultimamente. Ela editou a sua primeira faixa de sempre como EDND pela LABAREDA. Foi uma das mega faixas de 2016. E no fim o rolo compressor que são os Desflorestação que foram editados em cassete agora em Abril.
O live deles é performance e fogo e músculo.
A minha LABAREDA é mesmo a epítome do DIY. E quero que assim continue.
No entanto o Lisboa Electronica é um festival com poucas mulheres. E isto é uma observação.”
Texto: Sonja
Fotos: Silvia Lopes @sforshot
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